Por Camille Velloso
A fim de acabar com as personagens estereotipadas como o gênio, a fada, o anão e o “derramamento de sangue criado por seus autores para demonstrar uma terrível moral em cada história.”, Lyman Frank Baum idealizou e escreveu “O Mágico de Oz”. Uma busca por uma nova proposta para oferecer ás crianças alguma leitura mais prazerosa em que se pudesse aprender através da diversão. É o que afirma o autor na nota inicial trazida na introdução do livro.
“Pensando nisso, a história de ‘O Mágico de Oz foi escrita puramente para agradar as crianças de hoje. Essa história aspira ser um conto de fadas moderno, no qual o deslumbramento e a alegria são assegurados, o sofrimento e os pesadelos são deixados de fora.”
O livro traz a história de Dorothy, uma garota que mora no Kansas com os tios, Em e Henry, e seu cachorro Totó. Um dia algo estranho acontece e a casa da menina é levada por um ciclone até uma nova terra e mundo, como descobriria mais tarde, a Terra de Oz. Um lugar colorido, cheio de vida e criaturas que ela jamais vira antes.
Dentre bruxas, espant

É no caminho que a menina se depara com três figuras importantes na narrativa: o espantalho, o homem de lata e o leão que se unem a ela em busca do grande Mágico de Oz , aquele que pode realizar seus mais íntimos desejos.
Apesar de L. Frank Baum querer quebrar com o estereótipo de que toda narrativa infantil precisa de uma moral embasada em acontecimentos mais dolorosos para que só assim as crianças aprendam, esse elemento é utilizado pelo autor ainda que de forma sutil. Há na jornada de Dorothy e seus três companheiros, lições que serão aprendidas no caminho até que cheguem e se deparem com o Mágico. O autor incute de forma bem branda, em sua narrativa simples e envolvente de leitura fácil e fluida, valores que qualquer leitor poderá notar e apreender no decorrer da narrativa.
Para quem já assistiu a adaptação do cinema, de 1939, estrelada por Judy Garland e ainda não conseguiu ler a obra, vale ressaltar que apesar de bastante fiel, nem tudo foi revelado. Haverá surpresas, e uma fica evidente bem no início da estória, logo na chegada de Dorothy na Terra de Oz.

A obra acaba de ganhar uma nova adaptação “Oz, Mágico e Poderoso”, o que pode ser mais um motivo para ler o livro de L. Frank Baum, para ficar por dentro do que pode acontecer no filme - que é apenas baseado no livro, com uma nova estória - e não se deixar cair no erro de que são a mesma coisa. Segue a sinopse da adaptação para mostrar algumas dessas diferenças:
“Oz: Mágico e Poderoso acompanha Oscar Diggs, um mágico de circo com pouca ética, que é levado do Kansas para a Terra de Oz, e acha que tirou a sorte grande - fama e fortuna ao seu dispor. Então, ele conhece três bruxas, Theodora, Evanora e Glinda, que duvidam que ele seja o famoso feiticeiro que todos imaginam.” – Sinopse de Oz: Mágico e poderoso
Considerada um clássico da literatura infantil americana e mundial, a estória de Frank Baum acaba de ser relançada em uma coleção da Editora LEYA, intitulada “Eternamente clássicos” que traz ainda títulos como “O corcunda de Notre Dame”, de Victor Hugo e “O fantasma de Canterville”, de Oscar Wilde.
Com páginas que mesclam narrativa e ilustrações e uma capa de tons berrantes, a nova edição é mais um convite para ler o clássico da literatura de Lyman Frank Baum que tem atravessado e unido gerações maravilhadas com a mágica Terra de Oz desde sua primeira publicação em 1900.
Mais sobre Lyman Frank Baum

Tomado pelo gosto da escrita desde muito cedo, o autor, junto com seu irmão mais novo começou a publicar um jornal feito na impressora que ganhara do pai, e mais tarde veio a publicar um outro jornal amador. Depois viria a trabalhar como jornalista e a publicar seu primeiro sucesso “Mamãe Ganso em Prosa” e chegaria ao sucesso absoluto com “O Mágico de Oz” em 1900.
0 comentários: