
Por Mariana Pitasse
“É o que temos”, novo albúm da cantora Bárbara Eugênia, nasceu de uma mistura de gêneros. Nele temos influências do Rock e do Pop dos anos 1960, da Tropicália e da Jovem Guarda. Nomes contemporâneos, como o francês Adanowsky, também fazem parte da lista de inspirações da cantora. Após o show de lançamento no Rio (dia 23), Bárbara chega a São Paulo neste sábado, dia 01. Para a apresentação na terra da garoa, a cantora conta com as participações especiais de Edgard Scandurra, Pélico e Tatá Aeroplano.
Bárbara vem sendo apresentada como destaque junto aos novos nomes da cena nacional, como Tiê e Tulipa Ruiz. Quando perguntada sobre o assunto, ela é simples. “Eu não sei se estou tendo destaque. Estou? Não tenho a menor a ideia do que faz uma pessoa ter mais sucesso que a outra. Tem gente que faz um trabalho super legal e ainda é desconhecida”, questiona.
A carreira musical da carioca começou a partir de um convite para compor duas faixas da trilha sonora do longametragem “O cheiro do ralo”, de Heitor Dhalia. A estreia nos palcos aconteceu em 2008, ao lado de Edgard Scandurra e do grupo Les Provocateurs, projeto no qual o guitarrista presta homenagem a Serge Gainsbourg. “A gente se conheceu porque ele estava procurando uma cantora e um amigo em comum sabia que eu cantava em francês. Hoje somos muito amigos, temos a maior afinidade”, conta Bárbara.

Essa parceria deu origem também a “É o que temos”, em que o guitarrista aparece como produtor ao lado de Clayton Martin. Os dois são destacados por ela como a escolha mais acertada do novo projeto. “Foi como fazer um trabalho em família”, lembra. O álbum foi produzido a partir do edital “Música pra todo mundo”, patrocinado pela Oi.
O local escolhido para a gravação do CD foi o mesmo dos ensaios. Para Scandurra, esse detalhe foi primordial para afinação dos timbres e arranjos, além de concretizar o conceito de produção de um disco mais próximo da interpretação ao vivo. “Buscamos uma sonoridade singular e despretensiosa que destacasse a canção, a poesia e a voz da Bárbara . A nossa proposta era deixar o disco mais orgânico possível, para que não distanciasse dos concertos”.
Na apresentação do Rio, Bárbara fez um show intimista. Uma das faixas tocadas mais interessantes foi “Ugabuga Fellings”, em que a letra bem humorada se une à harmonia do bongô e das maracas. Pulando para o passado, Bárbara cantou “Por que brigamos?”, um clássico da canção romântica popular. “Nas curvas da estrada de Santos”, de Roberto Carlos, encerrou o show com charme.
Serviço:
Dia 01/06 - Show de lançamento do albúm “É o que temos” no SESC Belenzinho, em São Paulo. Mais informações no site: http://www.sescsp.org.br/
0 comentários: