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Artistas Independentes

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* Por Bianca Rangel, Gabriela Vasconcellos, Marcela Macêdo, Mariana Penna e Paula Fernandes


O mundo da música passou por grandes transformações nos últimos anos. A indústria fonográfica teve que se reinventar. Mesmo ainda tendo grande importância, não é mais a única a ditar os caminhos - tanto no que vai ser gravado, quanto no que vai circular. As novas tecnologias de gravação e de reprodução permitiram e ampliaram a independência dos artistas em relação às gravadoras. Também os usos da internet possibilitam um aumento da participação dos fãs. Para entender melhor esse novo panorama da música independente e o papel das novas mídias nesse processo, entrevistamos o professor Marildo Nercolini, da UFF (Departamento de Estudos Culturais e Mídia), que fez doutorado  em Ciência da Literatura, pela UFRJ, com a tese “A Construção Cultural pelas Metáforas: A MPB e o Rock Nacional Argentino repensam as fronteiras globalizadas”.


Segundo Marildo, o grande avanço e modificação em relação aos músicos independentes se dá com as apropriações que eles passam a fazer da Internet, sobretudo a partir do surgimento da Internet 2.0, em que não há somente possibilidade de acesso, mas de produção de conteúdo.  "O barateamento da gravação, com tecnologias de excelente qualidade, algumas delas acessadas via internet, possibilitam que uma ótima gravação seja feita em estúdios caseiros. Também, o uso das redes sociais (facebook, myspace, twitter, youtube), assim como de blogs, sites, entre outros, favorece e possibilita a circulação, antes enormemente dificultada e dependente das estratégias das gravadoras, dos meios de comunicação massivos", explica o professor, que atualmente, está desenvolvendo uma pesquisa sobre os usos da música nas favelas cariocas.


Além disso, Marildo destacou como diferencial as possibilidades de construção de redes colaborativas, como o crowdfunding. Um outro exemplo dessas transformações é gravação de um videoclipe: antes processo caro e complicado, que só acontecia sob comando da gravadora e que servia para fazer propaganda de um CD já gravado. Hoje, essas gravações podem ser feitas com auxílio de amigos e acabam sendo uma estratégia de divulgação do trabalho da banda ou do artista, normalmente buscando atrair público e atenção das gravadoras, da grande mídia. Muitas vezes essas bandas não têm as produções organizadas e materializadas num CD.


Alguns estilos musicais tem a marca da independência, como o Rap e o Funk. O que não significa que os outros não possam seguir pelo mesmo caminho. O Rock nacional é um estilo com bons bons exemplos, como a banda Forfun. A MPB também não fica de fora.

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