Navigation Menu

Um pouco sobre a história do cinema...

Por Mayara Mendes


De 1930 a 1950 foram as chanchadas que roubaram a cena do cinema brasileiro. O gênero, criticado por muitos na época, fazia uma mistura bem humorada das comédias musicais com temas que retratavam o jeito brasileiro e problemas do cotidiano. Repleto de piadas maliciosas e de duplos sentidos, ganhou o público e tornou-se um marco do entretenimento na época. As pessoas lotavam as salas de cinema para assistir filmes como '' Nem Sansão nem Dalila'' e “Moleque Tião'', o último contando a história de um rapaz negro, interpretado por Grande Otelo, que foge do interior para a capital e se envolve em muitas confusões.


No começo dos anos 60, um cinema mais politizado ganha a cena. É a fase do Cinema Novo. Inconformados com a queda dos estúdios paulistas, jovens artistas decidem após o I Congresso Nacional de cinema a inserção do retrato da realidade na produção dos filmes brasileiros. O objetivo era fazer um cinema que mostrasse a realidade social da época de conflitos políticos e sociais, com uma linguagem simples e de bom conteúdo. O filme que marcou este novo gênero foi "Rio 40 Graus", de Nelson Pereira dos Santos, que retratava a vida de cinco meninos da favela que vendiam amendoim na praia, em contraste com a classe mais abastada da cidade.


Após 1964, com a Ditadura Militar, o Cinema Novo e os chamados udigrúdi continuavam os filmes com críticas à realidade, no entanto, tomando o cuidado de driblar a censura com modificações na linguagem.


Em 1974 é criada a estatal Embrafilme, ainda no período da ditadura, no intuito de organizar o mercado cinematográfico e firmar uma indústria nacional, mesmo com a intervenção do Estado. São desta época clássicos como ''Dona Flor e seus dois maridos''.

0 comentários: