Por Mianon Nascimento
Inaugurada na Rua do Ouvidor em 1942, a Confeitaria Manon é conhecida por seus doces que são o ponto alto do cardápio. Atualmente a casa está na terceira geração de proprietários mantendo a direção sempre em família. O negócio surgiu por um grupo de sócios portugueses, mas foi consagrado quando imigrantes espanhóis compraram o local em 1965. A família criou o famoso Madrilenho - pão doce especial, na época feito com ingredientes importados da Espanha - carro chefe da casa.
Em 2008, a Manon ganhou filial, na Rua Sete de Setembro em um prédio de 1860 que teve a arquitetura tombada pelo Patrimônio Histórico do Rio de Janeiro e já abrigou a Casa Cavé. Uma das atuais proprietárias da casa, Fabíola Lopes, 44 anos, conta que a matriz da Rua do Ouvidor possui um restaurante, réplica do navio italiano Cerpa Pinto de 1938 que fazia a rota Lisboa-Rio nos anos 40. A entrada do ambiente é reservada aos doces e salgados por causa deles, o lugar se tornou ponto de encontro de nomes ilustres como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Atualmente, o espaço também é tombado como patrimônio histórico do Rio de Janeiro.
Com uma lista de solicitações para se tornar cenário de filmes, novelas e comerciais, a Confeitaria Manon é um dos pontos turísticos da cidade. O gerente Anderson Bessa, 41 anos, declara que a casa tem clientes cativos que freqüentam o local desde que eram crianças levados pelos pais e que hoje trazem seus filhos e netos, como a atriz Eva Tudor. “As gerações se renovam, mas o interesse pela Manon permanece”, afirma Anderson.
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