
Por Jader Colombino, Juliana Caldeira e Sabryna Teixeira
Edith Derdyk é uma artista paulistana apaixonada pela ação de desenhar e usa diversos suportes para construir seus objetos de trabalho. Atualmente suas obras exploram muito a linha bidimensional no desenho, tridimensional na costura e em suas instalações onde estica as linhas no ar. Na escrita, adquire uma quarta dimensão, que é o tempo. Segundo ela: “escrevo como costuro. Costurando, ligando, furando, recortando, costurando pensamentos e tudo mais”.
Ao trabalhar com diversos suportes, a artista traz com seu trabalho questões fundamentais para a arte e para a vida e suas obras passeiam entre livros de artista e obra plástica. Uma de suas exposições nessa vertente, “Linha de Costura”, apresenta o ir e vir das folhas de papel formando imagens fluídas, que se mostram como um livro aberto desfolhando em frente aos leitores, que se tornam co-autores das obras ao reconstruírem as narrativas, medida em que folheiam os livros de formas múltiplas. A linha, nesse trabalho, surge materialmente entre as folhas e os vãos do livro.
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Outra obra dela é Buraco Negro, uma série de 50 desenhos, cada um medindo 20X30 cm. Os desenhos são resultado de impressões sobrepostas aleatoriamente com folhas de anotações da artista, desenhos, projetos, textos poéticos de seu computador. Essas imagens densas, quase ilegíveis, geram manchas, texturas que compõem um espaço negro e vazado, apesar de cheio. Essa criação faz referência à própria origem da palavra texto, que é tecer, textura.
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Conheça um pouco mais da história de Edith Derdyk.
Confira uma entrevista com Edith Derdyk realizada durante o Interfaces IACS 2013.
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