Por Gabriela Antunes, André Borba e Felipe Magalhães
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"Meu nome é X., tenho 23 anos e curso História na UFF. Fui a Petrópolis visitar uns amigos e fomos a uma boate. Lá, conheci um cara. Até então, tinha me interessado por ele e ficamos. Mas ele começou a forçar a barra e comecei a me sentir incomodada.
Percebi que minhas amigas foram se afastando, como se eu estivesse gostando daquela situação. Eu estava visivelmente nervosa porque era uma situação desconfortável. Ele começou a tirar o meu vestido. Pedi para ele parar, mas não surtiu efeito. Ele travou o meu pescoço.
Eu tentava sair, me desvencilhar, mas não dava nem para pensar em como fazer isso. Na hora, fiquei tão nervosa... E as minhas amigas não perceberam que eu estava numa situação de medo mesmo. Consegui gritar. Veio o segurança e o colocou para fora.
Por volta das quatro horas da manhã, saí da boate e ele estava do lado de fora. Não sei se ele estava esperando alguém ou a mim, já que o fiz ser expulso. Estava aterrorizada. Tive que esperar até seis horas da manhã para o pai da nossa amiga vir nos buscar.
Não sabia como contar tudo isso para os meus pais. Não sei. Hoje, pensando, parecia que eu sentia uma certa culpa: não deveria ter saído e, agora, vou chamar meu pai para me buscar? Olha a situação... E eu tinha ficado com o cara.
Se eu fiquei com ele, como vou dizer para o meu pai que o cara tentou me abusar? É uma situação chata. Eu quase fui violentada. Foi um abuso. Se ele não tivesse sido expulso, não sei o que poderia ter acontecido."
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