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O I ENCONTRO DE ARTE E CULTURA LGBT

Por Rebeca Letieri


O I Encontro Nacional de Arte e Cultura LGBT contou com um ato político, shows com bandas regionais, com a Drag Eddylene Água Suja, bateria da Unidos do Viradouro, com a cantora e compositora Ellen Oléria e três dias de intensos debates e encaminhamentos. Os eixos que estiveram em discussão são: "Memória e construção de identidades"; "Olhares e reflexões sobre culturas LGBT"; "Transversalidade da cultura LGBT"; "Territórios e trajetórias"; "Mídias, redes sociais e comunicação"; e "Expressões, territórios e fazeres culturais e artísticos LGBT".


Foram convidados para o congresso três representantes de cada estado e do Distrito Federal por meio de uma convocatória pública. O objetivo da atividade é construir um panorama da cultura LGBT; apontar para um conceito mais bem definido sobre o que é essa cultura, a fim de que o segmento se aproprie mais da área; promover os Direitos Humanos e a Diversidade Cultural no país; articular iniciativas culturais que promovam um Brasil sem discriminação e sem violência, bem como a ética e a convivência na diversidade cultural; e, por fim, subsidiar o desenvolvimento de programas, ações e projetos culturais para a comunidade LGBT.


O vice-prefeito, Axel Grael, representando o prefeito Rodrigo Neves, que esteve em viagem oficial, ressaltou a importância do evento ser realizado em Niterói e lembrou que a Parada do Orgulho LGBT, que fechou o evento no domingo, dia 8, só perde em número de pessoas mobilizadas para o Réveillon.


O evento contou ainda com a 1ª Mostra Estadual de Arte e Cultura LGBT. Stands para venda de livros com abordagem a cultura LGBT, além de exposições sobre o movimento como: Figurinos In Drag, enfeitaram a programação.




[caption id="" align="aligncenter" width="470"]Foto Rebeca Letieri Foto Rebeca Letieri[/caption]

A Secretária Nacional de Cultura, Márcia Rollemberg, comentou que Niterói está vivendo um momento histórico ao realizar o primeiro Encontro Nacional de Arte e Cultura LGBT. E ressaltou, ainda, a importância de consagrar um diálogo permanente e avançando na construção dos espaços públicos, onde o movimento LGBT contribui para a pavimentação do avanço nos Direitos Humanos.


O Deputado Federal, Jean Wyllys, também presente a solenidade de abertura, fez uma fila de fãs durante os dias de evento. Jean falou sobre a importância de criar mecanismos de visibilidade para a cultura LGBT e lembrou que mesmo com todos os problemas existentes, de recursos, preconceitos e visibilidade, a cultura LGBT resiste e ganha força. "Eu entendo que a homofobia é um sistema, uma estrutura social, cognitiva e mental. A homofobia não pode ser enfrentada apenas do ponto de vista penal, tem que ser também um enfrentamento do ponto de vista educacional e cultural. É preciso incentivar a cultura e a arte LGBT para enfrentar a homofobia, criar mecanismos para dar visibilidade a cultura LGBT", disse.


Já o Coordenador da Secretaria Estadual Contra a Homofobia, Cláudio Nascimento, falou da importância em promover políticas públicas para reconhecer a cultura LGBT e romper com o sectarismo político e ideológico. Para o Coordenador, o encontro promovido em Niterói dá um passo para organizar uma agenda de combate contra a homofobia. "A cultura popular precisa dar um salto", afirmou.


Por fim, Cláudio citou uma frase do primeiro político assumidamente homossexual norte-americano, dos anos 70, Harvey Milk: "Se você não é livre para ser você mesmo na questão mais importante de todas as atividades, a expressão do amor, então a vida em si mesma perde o seu sentido", e completou: "Estamos aqui hoje para dar sentido a nossa vida pela diversidade humana, pela liberdade e pelo direito de amar a quem quisermos".




[caption id="attachment_6356" align="aligncenter" width="470"]Foto Rebeca Letieri Foto Rebeca Letieri[/caption]

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