As meninas foram convidadas pelo Comitê Olímpico Internacional para assistirem à apresentação das medalhas olímpicas
Por Bruna Freire e Igor Caldas
No dia 14 de junho, as meninas integrantes do projeto "Uma Vitória Leva à Outra" da Vila Olímpica Manoel José Gomes Tubino, em Mato Alto, na região de Jacarepaguá, tiveram a experiência de conhecer as gigantescas instalações do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na Zona Oeste e assistir de perto à cerimônia de apresentação das medalhas olímpicas, maior ambição de qualquer atleta que almeje uma carreira profissional no esporte. O projeto é uma parceria entre a ONU Mulheres e o Comitê Olímpico Internacional que visa a estimular a prática de esportes como ferramenta de empoderamento feminino entre garotas de 10 a 14 anos. Em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres do Rio de Janeiro e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, o projeto, com turmas exclusivamente femininas, é realizado em mais de 20 Vilas Olímpicas espalhadas pela cidade do Rio.
Segundo Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres, no Brasil, "a puberdade é uma época muito importante onde mais ou menos a metade das meninas deixa de praticar esportes". As atividades geralmente são abandonadas com a chegada da adolescência por conta das crescentes pressões sociais e estereótipos de gênero que recaem sobre meninas, limitando seu comportamento e consequentemente sua visibilidade. O programa tem o intuito de acelerar o alcance da igualdade de gênero dentro do esporte, criando ambientes nos quais as garotas se sintam seguras para treinar e desenvolver suas habilidades. A inclusão de uma prática esportiva no cotidiano das adolescentes acaba impulsionando a autoconfiança através das noções de superação e disciplina. O evento foi um dia importante para as meninas por contar como mais um incentivo para que elas continuem no esporte. "Nós sermos convidadas pelo Comitê Olímpico Internacional para conhecer o pódio, as medalhas, que são sonhos de todas as esportistas, é especial. Elas se sentiram muito lisonjeadas por estarem presentes", declara Nadine. Para a professora de ginástica rítimica Michele Santos, a participação no projeto possibilita que as meninas percebam que elas têm um lugar no esporte e que são capazes de conquistar vitórias.
Na cerimônia de apresentação, as medalhas que serão distribuídas para os atletas vencedores das Olimpíadas 2016 foram exibidas pela primeira vez. O evento contou com a presença do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, o ministro de Esporte, Leonardo Picciani e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Atletas e ex-atletas olímpicos brasileiros também estiveram presentes na cerimônia, que foi assistida e aplaudida das arquibancadas por estudantes de escolas municipais e as jovens atletas da Vila Olímpica de Mato Alto participantes do projeto "Uma Vitória Leva à Outra". Após o encerramento da cerimônia, a imprensa e o público puderam chegar mais perto das medalhas. Neste momento, o presidente do COI era o mais visado pelas lentes das câmeras de redes nacionais e interacionais, ansiosas por uma entrevista, mas Bach preferiu dar atenção às crianças que o cercavam como a um ídolo adolescente enquanto distribuía autógrafos e brindes para os pequenos.
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| As meninas puderam se aproximar do Presidente do COI, Thomas Bach, após o lançamento das medalhas. |
Após se aproximarem das medalhas, serem apresentadas aos pódiuns e pisarem na quadra onde pisarão os atletas olímpicos, as meninas participantes do projeto demonstraram muita empolgação colhendo fotos e autógrafos dos atletas e personalidades públicas presentes no evento. "Hoje as meninas tiveram contato com símbolos da conquista e da vitória e também da superação dos desafios. O programa Uma Vitória Leva à Outra incentiva as meninas a buscar essas habilidades que elas adquirem na quadra, no tatame, na piscina, e transformar em habilidades para a vida. Ver ao vivo símbolos da vitoria é mais um estímulo para elas serem vitoriosas na vida", afirma Thays Prado, coordenadora do projeto.
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