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Estudantes de públicas e particulares se unem contra os cortes

Cartaz na mão, corneta na boca e gogó afiado. No último dia 15, milhares de pessoas tomaram as ruas de pelo menos 173 cidades em todo Brasil.  No Rio Janeiro, nem o tempo chuvoso foi capaz de afetar a manifestação. O evento da Candelária foi marcado pelo encontro de estudantes de diversas escolas e universidades, que abarrotaram todas as pistas da Av. Presidente Vargas e caminharam rumo à Central do Brasil. ‘Em defesa da educação’, ‘contra o corte de verbas’, foram os principais gritos de ordem e mensagens presentes nos cartazes e faixas. Segundo os organizadores, cerca de 150 mil pessoas estiveram presentes.

Foi possível ver estudantes da UFRJ, UFF, UFRRJ e Unirio, além de instuições estaduais, como UERJ e UEZO. Alunos do ensino médio, como os do Colégio Pedro II, IFRJ e FAETEC, e até de universidades particulares, como a PUC-RJ, também estiveram presentes, além de trabalhadores da área da educação e representantes de sindicatos. O ato começou cerca de 15h, contou com ao menos dois trios elétricos, no qual  líderes de movimentos estudantis, como a UNE, gritavam palavras de ordem.

Estudantes seguem em cortejo rumo ao local de concentração. Foto: Pedro Menezes


Resposta dos Estudantes

No último dia o Ministro da Educação Abraham Weintraub, anunciou o corte de 30% das dotações orçamentárias anuais de universidades que promovessem ''balbúrida'' ao invés de ''procurarem melhorar seu desempenho acadêmico''. No mesmo dia, ampliou o congelamento para todas as universidades e institutos federais. Medida que gerou revolta entre estudantes que promoveram os protestos em todo o Brasil.

Multidão gritava palavras de ordem a todo momento. Foto: Pedro Menezes

Beatriz Eleterio, estudante de farmácia na Universidade Federal Fluminense (UFF), explicou o
porquê de seu posicionamento contra o corte:

 - As bolsas de auxílio aos estudantes serão cortadas, podendo ocorrer desistência de muitos alunos na universidade. Para um país evoluído, é necessário que tenha profissionais competentes em todas as áreas. Também tem o fato de muitos almoçarem e jantarem na universidade. Sem bandejão, muitos alunos não poderão se alimentar direito.

Estudantes de diversas universidades participaram do protesto. Foto: Pedro Menezes

Confusão

No final da passeata, um ônibus foi incendiado. Também foi possível ouvir rojões, lançados por pessoas com lenços no rosto, na Avenida Presidente Vargas, na altura da Central. A polícia foi acionada, utilizando bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.

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