
Foto: Guilherme Ramos / Estudantes NINJA
Por Fábio Oberlaender
Segundo a União Nacional dos
Estudantes (UNE), os protestos do dia 15 de maio reuniram mais de 1,5 milhão de
pessoas ao redor do país. E tal fato não poderia ser desprezado pela imprensa
internacional, que repercutiu o ato em seus principais veículos de comunicação.
Em matéria publicada no site do
‘The Wall Street Journal’, a manifestação apareceu em destaque por ter ocorrido
em todos os estados do território nacional. Além disso, o jornal americano
denomina o presidente Jair Bolsonaro como “O impetuoso líder da direita” e ressalta
as declarações que ele deu no dia dos atos, quando estava em viagem aos EUA.
“O impetuoso líder da direita
chamou os manifestantes de ‘idiotas úteis’ depois que dezenas de milhares de
pessoas marcharam pela capital Brasília e por todos os 26 estados brasileiros”,
destacou a matéria do Wall Street Journal.
Outro veículo estrangeiro que
se manifestou sobre os atos foi o jornal britânico ‘The Guardian’. Segundo
matéria veiculada no site do informativo, esses foram os “maiores protestos” já
enfrentados pelo novo presidente. A publicação também frisou que as marchas
marcaram um momento de tensão na administração de Bolsonaro,
“Números [de aprovação] estão
caindo nas pesquisas enquanto ele luta contra uma economia fraca, desemprego
crescente, uma coalizão indisciplinada no Congresso e lutas internas em seu
gabinete”, apontou o jornal inglês.
Além de repercutir nos sites
dos informativos norte-americano e europeu, as manifestações também ganharam
destaque no site da rede ‘Al Jazeera’, a maior emissora de televisão
jornalística do Catar e a de maior destaque no mundo árabe.
De acordo com reportagem da Al
Jazeera, estudantes “de todo o país acusam o presidente Jair Bolsonaro de
empreender um ataque ideológico contra a educação”. Além disso, a matéria tocou
em uma das principais bandeiras do governo e apontou que o representante do PSL
pretende “usar cortes orçamentários para pressionar os congressistas pela
aprovação de uma reforma da previdência controversa”.
A mobilização de estudantes,
professores e oposicionistas ao governo Bolsonaro ocorreu após o Ministro da
Educação, Abraham Weintraub, declarar no dia 30 de abril que cortaria 30% do
orçamento de universidades federais. Até o momento, a verba segue congelada, o
que tem desencadeado o movimento de organizações estudantis e centrais
sindicais em prol de novas manifestações.
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