A principal dificuldade para o avanço da campanha é a pandemia do coronavírus, que atrasou a aplicação por conta dos intervalos entre as doses da gripe e da Covid-19. Além disso, as unidades de saúde estão sobrecarregadas e constantemente cheias. Porém, de acordo com Marlise Quintana, subsecretária de saúde de Macuco, município próximo à Nova Friburgo, é necessário planejamento e organização para administrar as campanhas simultaneamente. “As ações de imunização continuam a ser extremamente importantes para a proteção contra a influenza e devem ser mantidas apesar de todos os desafios frente à circulação contínua ou recorrente do SARS-CoV-2”.
Um outro problema é a comunicação ineficaz com o público-alvo mais jovem, que não busca os postos de vacinação para a atualização da caderneta. De acordo com a assessoria, “A Secretaria Municipal de Saúde em conjunto com a Comunicação pretende realizar campanhas específicas para aumentar a cobertura vacinal contra a gripe em Nova Friburgo”. Para Maria Laura Rosmaninho, estudante de 19 anos, a prefeitura não é assertiva na comunicação com os adolescentes. “Eu nunca vejo ninguém falando sobre vacinas, a campanha não é destinada aos jovens e quando eu preciso tomar alguma vacina específica, tenho que ir até o posto para me informar.” Ela ainda acrescenta que o debate poderia ser levado para outras áreas, como nas salas de aula, porque é na escola que a maioria dos jovens têm acesso à informação.
O vírus Influenza, além de causar febre, cefaléia, dores no corpo, coriza e tosse, pode levar os infectados à hospitalização em casos mais graves. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 1,8 mil pacientes tiveram SRAG causado pelo vírus Influenza no último ano no país. Um fator que preocupa ainda mais os friburguenses é o clima frio da cidade, propício para o aumento de casos da doença.
Para Ana Júlia Medeiros, comerciante de 20 anos, os jovens não levam a sério as campanhas de vacinação por se acharem fortes e saudáveis, como se fossem inatingíveis. Porém elas são imprescindíveis, principalmente no atual momento de crise sanitária.
Marlise garante que a vacinação é uma ação preventiva. “Ela previne o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos e suas consequências sobre os serviços de saúde, reduzindo os sintomas que podem ser confundidos com os da covid-19 nesse período de pandemia", reforçando a necessidade de se vacinar, até mesmo como uma forma de aliviar a sobrecarga dos hospitais.
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